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O público que lotou a Sala Cecília Meireles aplaude de pé a Cia. Bachiana Brasileira, após a apresentação da Missa em Si Menor, de Bach
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Por Leisa Ribeiro
24/05/2005
A Cia. Bachiana Brasileira foi fundada em 1999, no Rio de Janeiro. Atualmente
com 12 cantores, eles mantêm a proposta de trabalhar projetos com repertório e
tempo de realização definidos e sempre reunindo orquestra, coro e solistas.
Entre os destaques estão a recente montagem Missa em Si Menor e Paixão
Segundo São João, as duas de J. S. Bach.
A Cia. tem como característica a disciplina, que leva a uma sonoridade própria
na execução da música de concerto, mesmo quando a orquestra e o coro atuam
isoladamente, confirmando um diferencial. A direção e a regência são do criador
e fundador, o maestro Ricardo Rocha. Com a CBB, ele já gravou dois CDs:
Brasil a Quatro Vozes (1999), dedicado à música brasileira contemporânea para coral, e Tributo a Bach (2001), com famosas obras do compositor.
Ricardo Rocha desenvolveu sua carreira como regente no Brasil e na Alemanha,
regendo inclusive a Orquestra Sinfônica Brasileira, além de outros conjuntos
como a Orquestra do Teatro Municipal de São Paulo, a Orquestra Sinfônica de
Minas Gerais, a Orquestra Petrobras Pró-Música e a Orquestra Sinfônica de
Bamberg.
Uma Missa em Si Menor
No último dia 22, a Sala Cecília Meirelles, no Centro do Rio, abriu as portas
para a Cia. Bachiana Brasileira apresentar uma obra de J. S. Bach terminada em
1749, um ano antes de sua morte. Seria uma “obra-testamento”, segundo o maestro
Ricardo Rocha.
“É triste saber que Bach não viveu para ouvi-la”, disse o maestro, durante a
apresentação da obra, para uma casa lotada, mesmo em uma noite chuvosa de
domingo.
Para a Cia. Bachiana Brasileira, enfrentar a preparação da Missa em Si Menor
foi a constatação de que até então nenhuma obra tinha apresentado um nível real
de dificuldade técnica e estilística tão grande. A obra é composta por coros
polifônicos e rica em coloraturas; segundo Rocha, quase não é possível respirar.
“Nossa montagem preserva e desenvolve o som flautado nas vozes e nos
instrumentos”, explica.
A montagem teve quase duas horas de duração e mesmo assim manteve toda a platéia
atenta. Isso mostra que o Rio não é só samba e funk.
Acesse o site da Cia. Bachiana Brasileira:
www.bachiana.com.br.