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Por Marcos Paulo Bin A banda paulista Gram está vivendo momentos de sonhos e conquistas. Formado há dois anos, por paulistanos e rio-clarenses, o quinteto ainda não atingiu uma popularidade gigantesca, mas também não está preocupado com isso. Sérgio Filho (voz, piano e guitarra), Luiz Ribalta (guitarra), Marco Loschiavo (guitarra), Marcelo Pagotto (baixo) e Fernando Falvo (bateria) preferem comemorar o fato de estarem uma gravadora, a Deckdisc – que comprou seu CD auto-intitulado, lançado anteriormente de forma independente – de terem sido indicados ao Video Music Brasil, da MTV, na categoria “Revelação”, pelo clipe de Você Pode Ir na Janela (primeira faixa de trabalho), e de ouvirem, pouco a pouco, seu nome ecoar nos quatro cantos do Brasil. O Gram – nome dado por Luiz e aprovado pela banda, que queria uma palavra sem sentido específico, sonora e de uso universal – segue na contramão do que vem fazendo sucesso no rock brasileiro do século XXI. Em vez de adotar o caminho do hardcore que tanto toca nas rádios, o quinteto preferiu seguir uma linha musical semelhante à do Los Hermanos. Ou seja, canções melodiosas com letras reflexivas, por vezes até melancólicas. Por isso, eles sabem que o caminho para o sucesso será longo. “A gravadora ajuda, mas nosso público está sendo conquistado um a um. Com o nosso estilo musical, precisamos ter paciência. Pelo menos teremos uma base, não precisaremos nos vender. E sempre existirá o respeito entre os fãs e o artista”, diz o vocalista Sérgio. Uma das músicas que melhor sintetiza a sonoridade buscada pelo Gram é Você Pode Ir na Janela, a primeira do CD. A canção não apenas abre o disco, mas abriu as portas da gravadora para a banda. Liô, da banda Som da Rua (contratada da Deck), se interessou pelo som do Gram e, depois de comprar o disco, o deixou com o presidente da gravadora, João Augusto, e o diretor artístico, Rafael Ramos. Ambos ouviram, mas deixaram de lado. Um dia, antes do grupo Matanza (outro artista do cast da companhia) fazer uma apresentação na MTV, a emissora apresentou o clipe de Você Pode Ir na Janela – uma animação forte sobre a história de um casal de gatos, jogando com a idéia das sete vidas e abordando assuntos como traição e suicídio – que chamou a atenção dos executivos. “Entramos na Deck graças ao clipe. A gravadora comprou o disco na íntegra, inclusive a capa, e o lançou em agosto. Eu só quis refazer duas vozes”, conta Sérgio, que, ao lado dos parceiros de Gram, somente aceitou entrar na Deckdisc porque a direção da gravadora concordou com os planos que a banda tem para o futuro. “Nós queremos fazer carreira como músicos, e isso é conquistado aos poucos. Quem sobe muito rápido também cai rápido. Estamos felizes na Deck, porque aqui não somos obrigados a fazer nada que não queremos.” No rastro dos Hermanos O restante do repertório segue a linha de Você Pode Ir na Janela, misturando bons riffs de guitarra e a voz potente de Sérgio, a exemplo de Seu Troféu, Quase Ilusão, Reinvento e Vem Você. O grupo diz que suas influências não se resumem aos Hermanos, mas também passam por Coldplay, Radiohead e Mutantes, entre outros. Mas reconhece que Marcelo Camelo & cia. são uma referência forte. “O
Los Hermanos é uma das melhores bandas do rock nacional. Temos semelhanças,
seguimos o caminho deles, até porque não há como fazer algo totalmente
diferente hoje; os Beatles já fizeram tudo. Mas com o tempo as pessoas verão
que há muitas diferenças, nosso método de composição é outro. Nós
buscamos ser autênticos, como são os Hermanos e também a Nação Zumbi, por
exemplo”, diz Sérgio.
![]() ![]() Ficha técnica, faixas e compositores
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